O assunto do momento discutido por parte da população é a lambada de Beto Barbosa, no evento. Para alguns é um “absurdo” e desrespeito colocar o gênero musical na festa pois isso ‘nunca aconteceu’.
Más calma lá! Nunca aconteceu? Não é bem por aí…
Já tivemos sim lambada em nosso São João, assim como vários outros gêneros musicais. Vamos voltar um pouquinho no passado recente e recordar algumas situações.
- Banda Fogaréu de Paixão (gestão Ítala): A banda fazia um som que ia do calypso ao forró e ainda “brega-funk”.
- Tony e Jú (gestão Jorge Lobo ou Olímpio, não recordamos ao certo): A dupla Tony e Jú que fazia uma mistura de lambada, sertanejo, arrocha e etc. Também já causou ‘polemica’ para alguns, devido a sua diversidade musical.
- Tayrone Cigano (gestão Olímpio): E quem não lembra do show de Tayronão? Show esse (de arrocha e sofrência), que foi escolhido pela própria população através de enquete. Na época a gestão deu ao povo a opção de escolher qual atração gostaria de ver na festa. Tayrone Cigano e uma banda de forró (Noda de caju, se não estivermos errados, nos corrijam, caso sim) e o povo escolheu em peso o cantor.
- Sertão Bruto (gestão Olímpio): Sim! Já tivemos Rock and Roll em nosso São João. A extinta banda uauaense Sertão Bruto do lendário Ademir Rock, também já levou música alternativa para a concha acústica. Na época foi muito criticado por parte da população que também achava absurdo dar oportunidade ao estilo do cantor.
- Também existem alguns relatos das décadas de 70 e 80, como por exemplo Amelinha, grande cantora da música brasileira que esteve por cá na primeira gestão de Olímpio, fazendo seu som que ia do rock ao sertanejo e MPB.
Enfim, a diversidade musical sempre esteve presente em nosso principal festejo, a questão é que esses fatos acabam caindo no esquecimento e muita gente não busca ou não gosta, de conhecer a história cultural de nossa terra.
A mistura musical sempre existiu e sempre existirá. Alguns gostam, outros não e isso é completamente normal.
O importante é saber se divertir.