Bolsonaro: “Vacina para crianças não será obrigatória”

O chefe do executivo disse que para aplicação das vacinas pediátricas será necessário informar os pais que a Pfizer, fabricante do imunizante, não se responsabiliza por efeitos colaterais.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar a vacinação infantil contra Covid-19. Durante live, o mandatário disse que “nenhum governador ou prefeito” poderá impedir crianças de 5 a 11 anos de se matricularem em escolas por falta de vacina contra o vírus. O chefe do executivo destacou que a vacinação infantil não será obrigatória.

“A vacina [para crianças] será de forma não obrigatória. Então ninguém é obrigado e vacinar o teu filho. Se não é obrigatória, nenhum prefeito ou governador – que existem alguns aí com essa ideia – poderá impedir o garoto ou a garota de se matricular na escola por falta de vacina”, disse Bolsonaro em live.

O chefe do executivo disse  que para aplicação das vacinas pediátricas será necessário informar os pais que a Pfizer, fabricante do imunizante, não se responsabiliza por efeitos colaterais.

O governo federal anunciou ontem a inclusão de crianças de 5 a 11 anos no plano de operacionalização de vacinação contra a covid-19. As primeiras doses de vacinas contra a doença destinadas a crianças de 5 a 11 anos deverão chegar ao Brasil no dia 13 de janeiro. Está prevista uma remessa de 1,2 milhão de doses do imunizante da Pfizer – o único aprovado até o momento pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A obrigação de prescrição médica para aplicação da vacina não foi incluída como uma exigência, conforme foi ventilado por membros do governo durante as discussões nas últimas semanas. Mas o Ministério sugeriu que os pais procurem profissionais de saúde.

Questionado por jornalistas se essa recomendação não desestimularia os pais a levarem os filhos para vacinar, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, respondeu afirmando que isso deixaria os pais mais “seguros” para decidir sobre a imunização.